
Adeus 2014
Quando um novo ano se aproxima é natural fazer balanços e projetar para o futuro a nossa esperança. Para a maioria dos portugueses, 2014 foi de sacrifícios e luta. Sem troika, as dificuldades persistem. As empresas fecham e os níveis de emigração batem recordes. Portugal é campeão europeu na mudança de nomes das instituições. Os organismos aparentemente estão todos a prazo, falando-se diariamente em extinções e fusoes. Estas incertezas retiram a previsibilidade para o desenvolvimento de um estado eficaz.
Os níveis de confiança dos funcionários públicos são lastimosos, mas fazem o que lhes compete. Poucos saberão responder se o fazem por hábito ou por brio profissional. Mas muitos cumprem para além do seu dever. A campanha eleitoral iniciou-se. Os programas dos candidatos a primeiro-ministro estão em fase de desenvolvimento, faltando saber se na sua génese está espelhada a realidade do país. Portugal tem pessoas de qualidade, mas há que motivá-las para um projeto comum. Espero que com o que temos seja possível um Portugal melhor. Feliz 2015!
Correio Manhã | Segunda, 29 Dezembro 2014